Dieta Gracie e Jiu-jítsu, foco principal desta página. Receitas, conceitos, curiosidades e histórias contadas por quem viveu a história. Fiquem ligados também nossa página no Facebook: facebook.com/dietadeguerrajj
O jiu-jítsu brasileiro tem
diversos expoentes espalhados por todo o Brasil, mas fato é que se não fossem
os 5 irmãos do clã inicial da família Gracie, a arte marcial teria morrido.
Essa é uma opinião quase unânime, alguns ainda confrontam, ou por desconhecerem
ou simplesmente questionarem a história.
O COMEÇO DA JORNADA:
Carlos, Oswaldo, Gastão Filho,
George e Hélio Gracie, foram os grandes difusores da arte marcial japonesa no
Brasil. Tudo começa quando Carlos Gracie tem contato com Conde Koma através de
seu pai Gastão Gracie. Aprende o jiu-jítsu e visionário que era e assim foi por
toda sua trajetória, adotou a arte marcial como uma filosofia de vida. A aposta
foi certeira, porém, para se concretizar precisava de ajuda, daí que entram os
irmãos, cada um em seu tempo.
A jornada dos 5 irmãos começa em
Belém do Pará, onde todos eles nasceram, mas para Carlos realizar o que
planejava fazer precisava de uma maior exposição e como o Rio de Janeiro, na
época, era a capital federal e tudo o que acontecia na cidade virava tendência,
se tornou o cenário perfeito, todos se mudam e Carlos herda a academia de
Donato Pires, nascendo assim a academia Gracie. Carlos, Oswaldo e Gastão Filho
passam a ensinar. George e Hélio Gracie os mais novos, pouco participavam no
início da jornada.
DESAFIOS COM MARKETING AGRESSIVO:
Carlos Gracie para divulgar o
jiu-jítsu que sabia passa a adotar um marketing agressivo para desafiar outras
modalidades de luta. Os desafios passam a sair do papel, Carlos e Oswaldo
Gracie são os primeiros integrantes da família a entrarem em um ringue de luta.
Alguns anos mais tarde George Gracie assume o protagonismo de principal lutador
e representante do jiu-jítsu da família Gracie. Carlos e Oswaldo meio que viram
os empresários do “Gato Ruivo” e Gastão Filho administrando a academia e
ensinando a defesa pessoal do jiu-jítsu.
NEM TUDO SÃO FLORES:
Tudo parecia perfeito, até que
George Gracie começa a se rebelar contras as imposições de Carlos,
principalmente na questão da dieta. Decide se emancipar e seguir seus próprios
passos e em um dado momento se juntou a Takeo Yano, japonês aluno da Kodokan,
em uma turnê de lutas entre os dois. Nesse meio tempo, Oswaldo e Gastão Filho
também se separam e se mudam para outros estados. Oswaldo vai para Minas Gerais
e Gastão Filho para São Paulo. Hélio Gracie, o caçula, passa a ser o número 1
da família Gracie.
SURGE HÉLIO GRACIE:
Hélio Gracie sempre foi fiel às
determinações de Carlos, assim se manteve até o final da vida, pois Hélio tinha
em Carlos a figura de pai tamanha a diferença de idade entre os dois. Hélio
Gracie passou a década de 30 sem nenhuma derrota nos desafios, virando uma
celebridade nacional e referência como professor de jiu-jítsu. Figuras
importantes do Brasil na época se tornaram alunos do Grande Mestre.
TODOS OS IRMÃOS SEPARADOS:
Na década de 1940 com o
falecimento da primeira esposa de Carlos Gracie por tuberculose, Carlos casa-se
novamente e se muda para Fortaleza com a sua segunda esposa, deixando os seus 7
primeiros filhos, entre eles Carlson, Robson e Reyson aos cuidados de Hélio e
Margarida Gracie. Nesse período os 5 irmãos Gracie estavam espalhados pelo
Brasil, difundindo ainda mais a arte marcial adotada pela família, mesmo que
separados e ideias diferentes.
O COMEÇO DO FIM DA JORNADA:
Oswaldo, dos 5 irmãos, é o
primeiro a falecer no ano de 1943, deixando 1 filho: Iros Gracie. O segundo a
falecer foi George Gracie em 1985, deixando 3 filhos: Maria Helena, Liana e
George Gracie Filho. Carlos Gracie falece em 1994 deixando 21 filhos. Em 2001
Gastão Filho faz a sua partida deixando 2 filhos: Helio e Gastãozinho. E dando
fim à saga dos 5 irmãos Gracie, Hélio fez a sua partida em 2009 deixando 9
filhos.
JUSTA HOMENAGEM:
As federações de jiu-jítsu
lideradas pela família Gracie fjj-rio, cbjj e ibjjf colocam os 5 pioneiros da
família na arte marcial no degrau maior da faixa preta, o décimo. Qualquer
outro faixa preta de jiu-jítsu só pode alcançar o 9º.
Essa foi a saga dos 5 irmãos
Gracie, os difusores do jiu-jítsu Gracie que hoje é conhecido como jiu-jítsu
brasileiro, ou BJJ. Dos 5 irmãos, apenas as linhagens de Carlos e Hélio
continuam com expoentes na arte marcial.
Vou ficando por aqui com esse artigo. Vejo vocês
no próximo. Um grande abraço a todos. Sejam saudáveis. Oss
Lutei o Estadual de 2024 da
FJJ-Rio, meu último campeonato havia sido em dezembro de 2016 ainda na faixa
azul. Será que tomei um carro do meu adversário? Fique comigo até o final desse
relato para saber o que aconteceu em meu retorno aos tatames de competição.
APRESENTAÇÃO:
Faaala camaradas! Tranquilo?
Daniel Abreu de volta para contar como foi a minha experiência em voltar a
lutar depois de tanto tempo.
8 ANOS SEM COMPETIR:
Eu conquistei a faixa roxa em
17/12/2016, desde então a minha caminhada nessa faixa foi de muitos altos e
baixos, sendo interrompida por mais ou menos 4 anos entre 2019 e 2023. Estive
perto de voltar a lutar em 2019, sentia que era o meu ano, pois eu estava
treinando forte e muito bem, mas um bloqueio mental me impediu de lutar e explicarei
o porquê. Acabou que no segundo semestre de 2019 precisei parar com o jiu-jítsu
e logo veio a pandemia. Isso eu já expliquei no meu retorno ao jiu-jítsu, você
pode ver aqui.
Já faz quase 1 ano que retornei
aos treinos recorrentes de jiu-jítsu. Treino frequente na academia do meu
professor Kaio Martins e tenho feito treinos esporádicos na academia Gracie
Humaitá do centro rj. Me sinto cada vez melhor e mais confiante nos meus
treinos e resolvi colocar a cara a tapa e vencer o meu bloqueio que é o peso.
Não lutei em 2019 por achar que ainda estava fora do peso, mesmo pesando abaixo
dos 90kg, pois eu queria lutar na categoria que me dei melhor dentro de
jiu-jítsu, que é a categoria dos médios (82.3kg), atualmente estou muito longe
de chegar nos médios, se eu continuasse com essa mentalidade nunca mais iria
voltar a lutar. Então decidi que era a hora independentemente do peso.
MOTIVO DO RETORNO:
Meu foco principal é lutar o
Master International Jiu-Jitsu Championship – South America 2024 da IBJJF que
vai ter aqui no RJ nos dias 27 e 28 de julho. Meu professor me orientou a lutar
outros campeonatos antes deste para meio que tirar a ferrugem por estar tanto
tempo sem lutar. Então focamos nos treinos e o campeonato mais próximo seria o
estadual da FJJ-Rio, tentei baixar meu peso o máximo que eu pude, tanto que
segurei para fazer a inscrição até o último dia, quando vi que não conseguir
baixar mais o peso sem sofrimento, pois estava pesando 101kg sem kimono, me
inscrevi na categoria pesadíssimo, que acima de 100kg de kimono e sem limite de
peso. Aí que começou o meu desespero! Depois que fiz a inscrição fiquei
monitorando a minha chave que só tinha eu até então, até que entrou um oponente
e o que eu fiz? Fui pesquisá-lo! E não é que eu o achei e me assustei com o
tamanho dele?!!
Fiquei a semana inteira que
antecedia a luta tendo crises de ansiedade, com muito medo do que poderia
acontecer comigo, afinal, fazia 8 anos que não competia mais. Esse tipo
ansiedade eu me recordo que já havia conseguido vencer em 2016, mas ela voltou
de uma forma que parecia que seria o primeiro campeonato da minha vida, mas não
deixava de ser afinal, são 8 anos, o que, na minha opinião é um hiato muito
grande, mas ainda bem que consegui quebrar essa barreira e já não vejo a hora
do próximo campeonato.
COMO FOI A LUTA:
Enfim o dia 15/06/2024 chegou! As
chaves foram definidas no dia 13/06 e ficou certo de que eu faria apenas uma
luta na categoria pesadíssimo. Seria eu e meu oponente apenas. Se isso me
deixou mais tranquilo? Óbvio que não!!! Fiquei ainda mais tenso pois 5 minutos
de luta em um campeonato passam voando. Treinei forte e bem antes da luta. Fiz
uma preparação para a luta em pé, eu e meu professor bolamos uma estratégia,
mesmo assim eu tentava me acalmar. Chego no ginásio faltando 40 minutos para a
minha categoria ser chamada, para minha surpresa, foi chamada com 10 minutos de
antecedência. Fui com meu professor para área de aquecimento e logo vi meu
oponente, ele deve ser 1 ou 2cm mais alto que eu, o que me tranquilizou um
pouco. Fiz meu aquecimento, alongamento, mas a boca teimava a ficar seca pelo
nervosismo, descolei uma garrafa de água para molhar um pouco a boca, mas de
nada adiantou e acho que isso me atrapalhou bastante, pois a adrenalina estava
à mil!
Fomos chamados para lutar, foi
feita a checagem dos quimonos, tudo ok. Nesse momento eu estava um pouco mais
calmo e concentrado. Caminhei calmamente até a nossa área de luta e o fiscal
nos posiciona no local correto. Assim que terminou a luta que estava
acontecendo antes da nossa, fomos chamados! Relembrei meus velhos tempos,
finquei meu pé direito no tatame e fui cumprimentar o árbitro. O combate logo é
iniciado, cumprimento o meu oponente e começamos uma tensa disputa de pegada em
pé. Eu não queria ficar por baixo e percebi que ele também não. Ficamos por
pelo menos uns 2 minutos nessa troca de pegada, empurrões e puxões, até que eu
cometo um erro em fazer um ataque de single leg bem mequetrefe e ele se
aproveita para me jogar para baixo. Começamos a cair, tento voltar por cima,
nesse giro acabamos saindo da área de luta e o juiz nos manda voltar em pé no
centro do tatame.
Ao retornar para o centro do
tatame o juiz concede ao meu oponente uma vantagem pela tentativa de queda.
Nesse momento eu estava em desvantagem, então tentei trocar em pé com meu
oponente um pouco mais para ver se ele me puxa ou tenta um ataque para eu
contra golpear. Nada feito! Neste momento ele não tenta mais nada e se eu
mantivesse assim, iria perder a luta, então eu tinha que arriscar algo. Faço
uma puxada de meia-guarda, onde eu trabalho bem por baixo, mas não é uma boa
estratégia para o pesadíssimo ainda mais depois de muito tempo sem lutar. Ele
logo apontou o joelho para fora e começou a trabalhar a passagem e me mantive o
mais de lado possível para poder virar de 4 apoios caso ele abrisse a minha
guarda, de fato, ele conseguiu e virei de 4 apoios para ele não consolidar a
passagem, porém, ele ganha mais 1 vantagem com essa movimentação. Ele encaixa
um estrangulamento usando a minha gola, porém sem pegada de costas e faço o
giro para sair do estrangulamento, que na hora achei que fosse pegar e que passaria
maior vergonha com toda a minha família me assistindo kkkk... consegui sair do
estrangulamento e ele ganha mais 1 vantagem. Eu fico tentando fazer pegadas
para tentar sair dessa posição de 4 apoios, mas não consigo, até que ele tenta
o estrangulamento relógio e mais uma vez eu defendo e ele ganha mais 1
vantagem. Neste momento a luta ainda estava 0x0, mas 4 vantagens para ele. Se
eu fizesse qualquer ponto eu venceria, então tentei puxar um gás final para
explodir e tentar algo, mas a boca seca daquela adrenalina a mil que eu estava me
impedia. Ouço alguém gritando: 20 segundos! E vejo as possibilidades se
esgotando. A luta termina e ele vence por 4 vantagens.
CONCLUSÃO:
Eu juro para vocês que eu queria
vencer, mas sabia que seria difícil. Neste campeonato eu fui sem me colocar
pressão, pois era o meu retorno. Quero estar bem para o Internacional de Master
da IBJJ, como eu já falei. O saldo deste teste foi positivo, pois eu não tomei
pontos! Eu estava 8 anos sem lutar e meu oponente neste estadual vem de uma
sequência forte de campeonatos e vitórias. Essa luta me deu uma injeção de
ânimos, pois estou com as minhas defesas e giros em dia, mesmo estando pesado,
acredito que o ponto principal que me afetou foi o nervosismo muito grande.
Acredito que se eu controlar isso, encarar o campeonato como um treino, uma
visita que por ventura eu faça em uma academia, tudo fique dentro da
normalidade. Não sou mais nenhum garoto, mas estou me sentindo renovado com
tudo que venho fazendo para ter um estilo de vida mais saudável depois dos 40
anos e continuar trilhando a minha caminhada no jiu-jítsu até a tão sonhada
faixa-preta.
Me despeço deste relato com uma
mensagem para você que já passou dos 35 anos de idade, seja homem ou seja
mulher, faça algo que tire você do sedentarismo, sua vida vai ser bem melhor,
seus relacionamentos serão bem melhores. Se você optar pelo jiu-jítsu, saiba
que terá um grande amigo aqui, podem me mandar mensagens que irei incentivar
todos vocês a continuarem e conseguirem alcançar os seus objetivos, mesmo eu
ainda não tendo alcançado os meus, mas só de eu sentir uma melhora no meu
estilo de vida, já é uma grande vitória para mim.
Espero que vocês tenham gostado deste relato.
Espero vê-los em um próximo, um grande abraço a todos, sejam saudáveis. Aloha!
Quem são e como estão os faixas pretas de Carlson Gracie parte 2. Se preparem que vem nomes de peso hoje. Essa é a parte de 2 de pelo menos umas 5 ou 6 partes. Fiquem tranquilos que estou levando estes nomes bem à sério.
Faala camaradas! Tranquilo? Daniel Abreu de volta para o canal dieta de guerra jiu-jitsu. E dando prosseguimento a série de quem são e como estão os faixas pretas mais cascas grossas do Grande Mestre Carlson Gracie, venho trazer a parte 2. Eu sigo uma lista assinada pelo mestre de 1999 e estou seguindo em ordem alfabética e não de melhor para o pior, até porque nesse dream team não existe isso. Se o seu preferido ficou de fora desse, aproveite para se inscrever no canal e ativar as notificações para não perder os próximos vídeos da série.
Na parte 1 eu contei a minha história e expliquei o porque sou tão entusiasta da academia Carlson Gracie, se você não leu a parte 1, leia aqui. Vamos começar mais um chumbo grosso de nomes icônicos e históricos do jiu-jitsu que são formados por Carlson:
1 – Carlos Antônio Rosado
Considerado por muitos o melhor aluno da primeira geração de faixas pretas de Carlson. É o faixa vermelha (9º grau) mais novo da história e único a receber esta faixa das mãos de Carlson Gracie, que considerava Rosado mais que um faixa preta. Este fato ocorreu em uma época em que a federação de jiu-jítsu permitia que faixas vermelhas fossem concedidas a faixas pretas com mais de 40 anos de idade. Desde então, a federação reescreveu as regras sobre os prazos necessários para alcançar cada faixa, o que acabou tornando o GM Rosado o único detentor deste recorde. Quando ainda era faixa roxa já dominava os pretas e Carlson sempre o chamava para recepcionar faixas pretas visitantes na academia. Atualmente ensina jiu-jítsu juntamente com seu filho, Massa Rosado, na “Rosado Jiu-Jítsu”.
2 – Fernando Melo Guimarães (Pinduka)
Como lutador de jiu-jítsu, foi um dos mais importantes na década de ouro nos anos 1980. Invicto em competições entre 1968 e 1985 foi escolhido por Hélio Gracie para defender o nome do Gracie Jiu-Jítsu contra os desafiantes da Luta Livre, lutou contra Marco Ruas. Por não haver regras e nem juízes, após 20 minutos de guerra, a luta foi interrompida e foi declarado empate. Lutou por mais de uma década para que o Jiu-Jítsu fosse inserido no currículo da graduação de Educação Física da Universidade em que se formou, Gama Filho. Em 1993 o projeto foi finalmente aceito, até que em 1997 o esporte evoluiu tanto, que houve a necessidade de formar uma equipe, nascendo o famoso Time Gama Filho, que anos mais tarde se tornou o que hoje é conhecida como GF Team. Pinduka, hoje Grão Mestre de Jiu-Jítsu, tem a Academia Pinduka em Copacabana – RJ e é professor de educação física.
3 – Arthur Virgílio Neto
Renomado político Amazonense. Criado no Rio de Janeiro, amigo íntimo de boa parte da família Gracie, era frequentador assíduo dos tatames. Foi, inclusive, campeão em diversos torneios no auge de sua carreira. As históricas lutas casadas sem limites de tempo contavam, constantemente, com a sua presença. Uma grave lesão, no entanto, forçou Artur a se afastar da prática competitiva. Porém, a paixão pela arte ficou. Hoje, também Grão Mestre, é Senador da república, mas já foi prefeito de Manaus por 3 mandatos, deputado federal e ministro do governo FHC.
4 – Carley Gracie
Irmão de Carlson e 11º filho de Carlos Gracie. Começou o jiu-jítsu tarde, considerando o fato de ser um Gracie. Optou por aprender com Carlos, mas tempos depois, Carlos deixou a cargo de Carlson os ensinamentos para Carley. Durante essa parceria entre os irmãos, os dois eram considerados os campeões da família. Defendeu, com sucesso, o nome da família em diversos desafios Gracie e torneios de grappling. Foi o primeiro brasileiro a levar o jiu-jítsu para os EUA. É conhecido também como “O Leão da Família Gracie”, pois, quando foi para os EUA, era considerado o principal integrante da família Gracie. Hoje, faixa vermelha, dedica-se à sua academia “Carley Gracie” em São Francisco, CA, EUA.
5 – Crézio de Souza
Um dos principais integrantes da academia Carlson Gracie dos anos 1980/90. Era considerado por todos o lutador mais técnico do time e permaneceu invicto por 10 anos. Foi um dos pioneiros do MMA e debutou o icônico Dan Henderson. Em 2002 se tornou o primeiro homem com mais de 40 anos a conquistar uma medalha no Brasileiro de Jiu-Jitsu na categoria adulto. Atualmente tem o Centro de Lutas Crézio em Itaipava, distrito de Petrópolis-RJ.
Essa foi a parte 2 dos quem são e como estão os faixas pretas de Carlson Gracie, se inscreva no canal para não perder o próximo. Um grande abraço a todos. Sejam saudáveis. Aloha!
É um dos mais notáveis
integrantes da família Gracie. Considerado por todos como o Gracie mais
talentoso que já existiu.
ORIGEM:
Nascido em 28 de março de 1951,
foi fruto de um relacionamento extraconjugal de Carlos Gracie com uma moça
chamada Claudia, que tinha 18 anos na época.
CRIAÇÃO:
Carlos Gracie decide dar o filho
para hélio e margarida Gracie o criarem com o consentimento de Claudia, pois
queria que o filho crescesse dentro do clã Gracie. Lembrando que nesta época
hélio e margarida enfrentavam problemas para ter filhos.
COMEÇO NO JIU-JÍTSU:
Rolls aprendeu o jiu-jítsu desde
muito cedo, antes mesmo de começar a andar, e com 12 anos já ajudava o seu tio
hélio na academia Gracie, se tornando faixa preta aos 16 anos de idade.
RELAÇÃO COM A MÃE BIOLÓGICA:
Sempre manteve contato com sua
mãe biológica, que era comissária de bordo e morava nos EUA, frequentemente Rolls
viajava para o país a fim de passar temporadas com ela.
PRIMEIRO GRACIE A TRAZER
OUTRAS ARTES MARCIAIS:
Por ter facilidade em viajar de
avião, assim que se tornou faixa preta, fez uma longa viagem para a Europa,
conhecendo novas artes marciais como wresteling, boxe, luta greco-romana e
judô, inclusive, Rolls foi medalhista de bronze panamericano de wrelesteling. Voltou
desta viagem com uma bagagem cultural muito grande o que ocasionaria uma grande
virada no jiu-jítsu da família Gracie.
O GRACIE MENTE ABERTA:
Sempre foi o maior discípulo e
praticante das técnicas de Carlos e Hélio Gracie, mas não se dava por
satisfeito. Estudou diferentes formas de luta agarrada com o intuito de trazer
novas técnicas e finalizações para o jiu-jítsu. Entrou em rota de colisão com Hélio
Gracie, o homem que o criou como filho, por conta do tradicionalismo de seu tio
perante o jiu-jítsu Gracie e por se sentir preterido em relação aos filhos de
sangue de hélio, o que acabou acarretando a sua saída da academia Gracie do
centro da cidade e se juntando ao seu irmão de sangue mais velho, Carlson, na
academia Gracie de Copacabana.
JIU-JÍTSU ESPORTIVO:
Rolls foi um dos maiores
incentivadores da criação de uma federação de jiu-jítsu do estado da guanabara,
mesmo com pouca idade na época, ajudou de alguma forma na sua fundação. Logo no
primeiro campeonato organizado pela federação, foi campeão no peso e absoluto,
se tornando o primeiro campeão absoluto da história do jiu-jítsu. Pessoas
relevantes do jiu-jítsu brasileiro creditam a Rolls e Carlson Gracie a evolução
do jiu-jítsu como esporte.
DESAFIOS DE VALE TUDO:
Hélio Gracie fez uma demonstração
do Gracie jiu-jítsu em um programa da extinta tv tupi. No dia seguinte, no
mesmo programa, o mestre Paulo do karatê fez uma demonstração e ao final
instigado e pelo apresentador desafiou o Gracie jiu-jítsu para um combate.
Desafio aceito por hélio e tivemos então o famoso “karatê vs. Gracie jiu-jítsu”
no qual todos os lutadores de jiu-jítsu saíram vencedores. Rolls fez a luta
principal contra mestre Paulo e venceu com facilidade com um mata-leão.
UNIÃO SURF E JIU-JÍTSU:
Além das artes marciais, Rolls
sempre gostou de esportes radicais como surf e voo livre. Em uma dessas
aventuras radicais, um belo dia de altas ondas no píer de Ipanema, Rolls
“rabeirou” uma onda de Daniel Sabbá, o dono do pico, tal atitude de Rolls fez Sabbá
querer tirar satisfação com o “haole” na praia. De um lado estava Rolls com
seus primos e alunos de jiu-jítsu e do outro lado Sabbá com seus amigos
surfistas. Começa uma briga generalizada, Sabbá conta que logo foi derrubado
por Rolls e que ele já caiu montado e de imediato ele manda parar o chamando de
ninja e perguntando o que era aquilo, enquanto a porrada comia solto os dois
estavam caindo na risada, no dia seguinte Sabbá e seus amigos viraram alunos de
rolls na academia de Copacabana. Entre esses alunos tem nomes como: Renan Pitanguy
saudoso mestre de jiu-jitsu e big rider, mestre Sergio Malibu, Álvaro Romano,
dentre outros.
DISCÍPULOS:
Rolls formou apenas 6 faixas
pretas em vida. Dentre eles nomes de grande peso para o jiu-jítsu atual: Romero
Cavalcanti (mestre jacaré) cofundador da Alliance, Maurício Gomes pai de Roger Gracie
e Marcio Stambowsky pai de Neiman e Deborah Gracie. Rolls participou da
formação de seus irmãos Rickson, Carlos Jr, Crolin e Rilion Gracie.
MORTE:
Teve a sua vida abreviada em 6 de
junho de 1982 em visconde de Mauá no rio de janeiro. A sua paixão por desafios
e esportes radicais acabou o levando e deixando uma enorme lacuna no jiu-jítsu.
Era um dia não muito propício para a prática de voo livre na região, ninguém
havia se aventurado neste dia, mas ele decide fazer o que seria o seu último voo.
Rolls Gracie viveu por 31 anos,
mas deixou um legado um legado infinito para o jiu-jítsu brasileiro. Teve 2
filhos: Rolles e Igor Gracie. A viúva de Rolls teve mais um filho, o Gregor e
seus irmãos o incorporaram dentro da família Gracie e Gregor Gracie é um exímio
representante da arte marcial.
Rolls Gracie se foi, mas enquanto
existir um apaixonado de verdade por jiu-jítsu ele sempre será lembrado e
reverenciado. Fico aqui com mais uma história fantástica de um Gracie altamente
notável.
A maior dúvida que paira na cabeça de quem vai começar no JIU-JITSU é a escolha correta do kimono, vou dizer que paira na cabeça de muito graduado também e, que os PROFESSORES deveriam sempre orientar seus alunos da maneira correta sem parecer grosseiro.
Como fazer essa escolha da forma correta? Essas dicas servem para todos: iniciantes, graduados e professores. O jiu-jítsu brasileiro é um esporte federado e o maior órgão que rege o jiu-jítsu hoje em dia é a IBJJF, por isso iremos seguir as regulamentações da Federação Internacional de Jiu-Jitsu Brasileiro. Essas regras você encontra no link https://ibjjf.com/uniform
REGRAS DA IBJJF
Regra 1 - material: O kimono tem que ser confeccionado apenas com algodão ou tecido semelhante ao algodão. O Tecido não dever ser tão grosso ou duro que impeça o oponente de agarrá-lo. Em todas as categorias de peso e idade os kimonos devem ser trançados.
Regra 2 - gola: É permitido o uso de EVA ou material similar por dentro da gola (lapela), desde que seguidas as medidas de tamanho e normas de rigidez previstas no Regulamento da IBJJF. Todas as marcas SÉRIAS de kimono seguem essa regra.
Regra 3 – cor: Os quimonos devem ser de cor uniforme. Apenas as cores: branca, azul royal e preta são permitidas. Não é permitido a parte de cima do kimono ser diferente da calça. A lapela não pode ser de cor diferente do restante da parte superior.
Regra 4 – pintura: Pinturas são proibidas, a menos que seja desenhada na forma de um logotipo de academia ou patrocinador, apenas nas regiões onde são os patches são permitidos. Mesmo nos casos em que forem permitidos, o atleta será obrigado a trocar de kimono caso a tinta marque o kimono do adversário.
Regra 5 – patches: A IBJJF demarca os lugares corretos para a colocação dos PATCHES, os patches devem ser de tecido de algodão e devidamente costurados. TODOS os remendos descosturados ou em regiões não autorizadas do kimono, serão removidos pelos fiscais.
As áreas em azul demarcam onde os PATCHES são permitidos.
Regra 6 – faixa: A faixa deve ser resistente de 4 a 5cm de largura e colorida de acordo com a graduação do atleta com a ponteira preta, exceto nas faixas pretas, onde a ponteira deverá ser branca ou vermelha. A parte da faixa que fica pendurada após o nó, deverá medir entre 20 e 30 cm.
Regra 7 – medidas: Os quimonos têm que estar dentro das medidas estabelecidas pela IBJJF e todo fabricante SÉRIO segue uma tabela de tamanhos que combinam peso e altura dos atletas. Todos esses padrões são para uma luta mais justa e honesta.
Tabela de peso e altura
Medidas da IBJJF para Kimonos
***DICA: Não compre kimono sobrando pano, se sobrar, leve para uma costureira ajustar de acordo com essas medidas.
Regra 8 – roupas de baixo: Os homens não podem usar camisa ou rashguard por baixo e nem calça colada por baixo. A roupa íntima deve ser tipo cueca. Para as mulheres é obrigatório o uso de camisa elástica de manga curta ou manga longa sem obrigação de cores, também é permitido maiô ou top de ginástica. A roupa íntima não pode ser fio dental, deve ser tipo cueca.
Regra 9 – estado do kimono: Os quimonos não podem apresentar remendos ou rasgos. Estar molhados ou sujos ou emanar odores desagradáveis.
DICAS CAMPEÃES
Agora que você já sabe todas as especificações regulamentadas pela maior e mais importante federação de jiu-jítsu do mundo, vou trazer algumas dicas campeães:
Dica 1: Para as competições tenha sempre mais de um kimono e de cores diferentes, pois um pode sujar durante uma luta então você tendo um reserva, não vai passar aperto na próxima luta. As cores diferentes para o quimono são importantes pois em lutas finais, às vezes, pedem para as cores de quimono entre os adversários serem distintas.
Dica 2: Da qualidade do quimono. Aqui no canal não vou recomendar marca, mas irei recomendar tipos de quimono. Para competição opte pelos lights ou ultra lights por serem mais leves e o seu corte de peso ser menor e o será apenas para competição. Porém o quimono tem que ser trançado. Para treinar, ou seja, o do dia a dia, opte pelos mais resistentes, pois vão aguentar mais o uso diário e lavagens recorrentes. (eu por exemplo, tenho um quimono que tenho há 8 anos já, está surrado, mas é bom para treinar).
Dica 3: Compre quimonos das cores permitidas pela federação, por mais que seu professor não se importe com isso, evite gastar dinheiro desnecessariamente, a não ser que você não se importe, quimono é um item muito caro e comprar cores fora do padrão é um gasto desnecessário.
Espero que tenham gostado deste artigo, caso vocês queiram que eu traga o tema de como cuidar do quimono, comentem aqui nesse artigo “Aloha dieta de guerra”, que eu vou saber que vocês querem esse tema. Se você chegou até este ponto, eu agradeço muito. Espero que continuem acompanhando o blog. Um grande abraço a todos. Sejam saudáveis. Aloha!
Os grandes mestres Carlos e Hélio
Gracie fundaram a Academia Gracie e tiveram milhares de alunos em toda a sua trajetória,
mas somente 28 desses alunos tiveram a honra de possuir um diploma de professor
de Gracie Jiu-Jítsu assinados por Carlos e Hélio Gracie nos primeiros anos e
depois os diplomas passaram a ser assinados somente por Hélio.
No jiu-jítsu de antigamente a
troca de faixa não era por meio de cerimônia como nos dias de hoje e a faixa
nunca foi um indicativo de que o lutador poderia ser um professor, de acordo
com Hélio Gracie. Para ele certificar que um faixa preta podia vir a ser um
professor tinha que passar por uma avaliação direta por ele na qual ele concedia
o diploma de professor de Gracie Jiu-Jítsu assinado por ele.
Diploma de Professor de Leonardo Moreira
Durante toda a sua existência ele
só conferiu esses diplomas para integrantes da família e um grupo seleto de
pessoas que passaram de forma marcante pela academia Gracie.
01 - PEDRO HEMETÉRIO (1923 – 2009): O cearense Pedro Hemetério Araújo
de Castro (1923–2009) foi um dos mais célebres faixas-vermelhas de Carlos e
Helio Gracie, foi apelidado de “Homem Quiabo” por seu estilo flexível em suas
vitórias marcantes.
Pedro Hemetério
02 – CARLSON GRACIE (1933 –
2006): Filho mais velho de Carlos
Gracie. Recolocou o nome do jiu-jítsu e da família Gracie nos trilhos ao vingar
a derrota do seu tio Hélio Gracie contra Waldemar Santana. Carlson, formou
diversos faixas pretas renomados nacional e internacionalmente.
Carlson Gracie
03 – JOÃO ALBERTO BARRETO: Grande mestre João Alberto de
Melo Barreto, nasceu em 8 de maio de 1935. Como aluno, foi um dos mais
habilidosos de Carlos e Helio Gracie. Começou a treinar com 15 anos de idade.
Como lutador, enfileirou durante meses os mais temidos cascas-grossas do
Brasil, finalizando todos.
João Alberto Barreto
04 – CARLOS ROBSON GRACIE
(1935-2023): Segundo filho mais velho de
Carlos Gracie. Sinônimo de bravura nos ringues, como professor não media
esforços para fazer as crianças aprenderem a essência do Jiu-jítsu. Hoje, a sua
linhagem é uma das mais cascas-grossas da família, se não a.
Robson Gracie
05 – HELIO VIGIO (1934-2016): Helio Vigio foi uma figura
importante na história desta arte marcial. Foi instrutor da Academia Gracie na
década de 1950, ao lado de Carlson Gracie, Robson Gracie e João Alberto Barreto.
Hélio Vigio defendeu o nome Gracie Jiu Jitsu em diversas lutas de “Vale Tudo”.
Helio Vigio
06 – ARMANDO WRIEDT (1924-2019): Armando Wriedt (1924–2019)
ensinou Jiu-Jitsu por 60 anos, e foi um dos instrutores da célebre academia
Gracie na avenida Rio Branco, 151, 17º andar, no centro do Rio. Viveu até os 95
anos de forma lúcida afirmando que só tinha chegado a esta idade por seguir a
dieta Gracie que foi passada para ele por Carlos Gracie.
Armando Wriedt
07 - CEL. ALZIR NUNES GAY: Nascido em 1927, foi Coronel do
Exército Brasileiro, apesar de ser um dos poucos a obter o diploma do Grande
Mestre Hélio Gracie, nunca exerceu a profissão de professor de jiu-jítsu.
Coronel Alzir N. Gay
08 - DR. PEDRO VALENTE SR.
(1938-2016): Cirurgião plástico renomado.
Apesar de ter sido o melhor amigo de Hélio Gracie, nunca exerceu a profissão de
professor de jiu-jítsu, porém Hélio dizia que podia abrir uma academia quando
quisesse, pois, ninguém poderia contestar o que o Dr Pedro Valente sabia.
Dr. Pedro Valente
09 - FRANCISCO MANSOR: Nascido em 1940, o GM Francisco
Mansor, advogado de formação, é um dos responsáveis pela criação da Federação
de Jiu-Jítsu do Estado da Guanabara. É o fundador da célebre academia Kioto.
Francisco Mansor
10 - DR. JOAQUIM JOSÉ DO AMARAL CASTELLÕES: Dr. Castellões nascido em 1931,
médico Urologista, foi um membro muito importante do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade Gama Filho. Apesar de obter o diploma do
GM Hélio Gracie, nunca exerceu a profissão de professor de jiu-jítsu.
Dr Castellões
11 – ROLLS GRACIE (1951 – 1982): Filho biológico de Carlos Gracie,
porém foi criado por Hélio. Para muitos o mais talentoso entre todos os
Gracies. Foi o primeiro Gracie a introduzir outras artes marciais,
principalmente o Wrestling, em sua rotina de treinos. Dentro da família seus
principais discípulos são Rickson, Carlos Jr, Crolin e Rilion Gracie. Em vida
formou apenas 6 faixas-pretas.
Rolls Gracie
12 – RORION GRACIE: Primeiro filho de Hélio Gracie. Nascido
em 10 de janeiro de 1952 é o principal introdutor do Gracie Jiu-jítsu nos EUA.
O idealizador e um dos fundadores do maior evento de VALE-TUDO(MMA) da
atualidade, o UFC. Embaixador da dieta Gracie, lançou o livro “A dieta Gracie –
O segredo dos campeões” que já está na segunda edição.
Rorion Gracie
13 – RELSON GRACIE: Segundo filho de Hélio. Nascido
em 28 de março de 1953, sempre esteve sob o controle do pai. Por muito tempo se
manteve radicado no Havaí, instituindo o jiu-jítsu no arquipélago. O trabalho
foi tão bem realizado que Relson tem um dia em sua homenagem no Havaí. Até hoje
se mantém fiel ao sistema Hélio Gracie de jiu-jítsu.
Relson Gracie
14 – RICKSON GRACIE: Terceiro filho do GM Hélio
Gracie. Nasceu em 21 de novembro de 1959, foi o número 1 da família por quase
duas décadas. Com um cartel invicto foi um supercampeão nas lutas de jiu-jítsu
e MMA. Desde a morte de seu filho Rockson, se aposentou dos ringues e segue
ensinando jiu-jítsu desde então. Em 2012 fundou a JJGF (Jiu-jítsu Global
Federation).
Rickson Gracie
15 – CARLOS GRACIE JR.: Filho de Carlos Gracie. Nasceu em
17 de janeiro de 1956 é cofundador da Gracie Barra, atualmente a maior escola
de jiu-jítsu do mundo. Ajudou a fundar e é presidente até hoje da CBJJ e IBJJF.
Ambas as federações trilham um trabalho extremamente profissional para o
crescimento do jiu-jítsu desportivo.
Carlos Gracie Jr
16 – CROLIN GRACIE: Um dos filhos mais novos de
Carlos Gracie. Nascido no final da década de 50. Muito talentoso, nutria uma
rivalidade com seu primo Rickson. Ainda na década de 1970 era apontado como o
sucessor de Rolls ao posto de número 1 da família. Cofundador da Gracie Barra,
vive em Florianópolis-SC e tem a própria academia, a Gracie Gym.
Crolin Gracie
17 – RILION GRACIE: Dos homens, é o filho mais novo
de Carlos Gracie. Nasceu em 4 de dezembro de 1960. Reconhecido no mundo do
jiu-jítsu por dominar a arte e ficou conhecido por ser 100% técnico. É
cofundador da Gracie Barra. Um exímio professor, talvez o melhor na atualidade,
reside em Miami – FL – EUA e tem a própria bandeira, a Gracie Elite.
Rilion Gracie
18 – ROLKER GRACIE: É o quarto filho de Hélio Gracie.
Nascido em 22 de julho de 1964. Sempre fiel ao seu pai, a que se refere como o
seu grande mentor. Rolker assumiu a academia Gracie Humaitá juntamente com seu
irmão Royler na década de 1990, os dois transformaram a academia mais histórica
de todas em uma das principais equipes de jiu-jítsu competitivo. Rolker lidera
a Gracie Humaitá no Brasil.
Rolker Gracie
19 – ROYLER GRACIE: Quinto filho de Hélio Gracie.
Nasceu em 6 de dezembro de 1965. Dos filhos de Hélio Gracie foi o que mais
competiu no jiu-jítsu desportivo. Hall da fama da IBJJF e ADCC. Como professor,
juntamente com Rolker, elevou a Gracie Humaitá a outro patamar no cenário do
jiu-jítsu competitivo. Reside em San Diego – CA e lidera a academia Gracie
Humaitá internacional.
Royler Gracie
20 – ROYCE GRACIE: Sexto filho de Hélio Gracie.
Nascido em 12 de dezembro de 1965. Royce simplesmente revolucionou o mundo das
lutas ao vencer o primeiro UFC em novembro de 1993 de forma dominante e
utilizando o jiu-jítsu. Pode-se dizer que existe o jiu-jítsu antes de Royce
Gracie e pós Royce Gracie. Atualmente vive nos EUA onde ensina jiu-jítsu
continuando o legado de seu pai Hélio Gracie. Em uma forma de homenagear seu
pai, Royce dá aulas de faixa azul marinho.
Royce Gracie
21 – LEONARDO MOREIRA (1974 - 2020): Leonardo Moreira, conhecido
carinhosamente como Mestre Li, começou a praticar jiu-jítsu tradicional japonês,
na década de 80, em São Paulo, tornando-se um mestre. Ainda muito jovem, na
década de 90, passou a aprender o Gracie Jiu-Jítsu com o GM Hélio Gracie, de
quem recebeu diploma de professor em 1993. Faleceu precocemente em dezembro de
2020. Foi deputado estadual por MG por 3 mandatos. O legado do Mestre Li
continua sendo tocado pelo seu filho Julio Moreira na academia Jiu Jitsu
Budokan em Belo Horizonte MG.
Leonardo Moreira - Mestre Li
22 – PEDRO VALENTE: Filho mais velho do DR. Pedro
Valente. Começou a aprender jiu-jítsu com seu pai antes mesmo de começar a
andar. Com apenas 2 anos de idade já tinha aulas particulares com o GM Hélio
Gracie. Quando maior, treinava diariamente na academia Gracie com o GM Hélio,
Royler e Rolker e tinha aulas particulares regulares de defesa pessoal com o GM
Hélio. Com 18 anos foi morar nos EUA. Antes de se mudar, passou 1 mês na
fazenda do GM Hélio Gracie em Itaipava, onde foi preparado cuidadosamente a,
não só morar sozinho como introduzir o jiu-jítsu em Miami. Hoje possui uma das
maiores escolas de jiu-jítsu focada em defesa pessoal do mundo, a Valente
Brothers.
Pedro Valente
23 – ROBIN GRACIE: Dos homens, é o filho mais novo
de Hélio Gracie. Nascido em 6 de setembro de 1971. Aprendeu jiu-jítsu com seu
pai e seus irmãos Rolker, Royler e Royce Gracie. Fez alguns desafios de
vale-tudo e foi medalhista de prata no ADCC de 1998. Reside em Barcelona na
Espanha, onde ensina jiu-jítsu em sua academia a Gracie Barcelona desde 1998.
Robin Gracie
24 – GUILHERME VALENTE: Filho do Dr Pedro Valente. Assim
como seu irmão mais velho, também começou a aprender o jiu-jítsu antes mesmo de
começar a andar e aos 2 anos de idade já tinha aulas particulares com GM Hélio
Gracie. Passou horas dentro e fora do tatame com o GM Hélio Gracie. Suas férias
eram a maior parte do tempo passadas dentro da fazenda do GM Hélio em Itaipava
no RJ, sendo preparado para ajudar seu irmão Pedro em Miami. Em 1999 se muda
para o sul da Flórida se juntando ao seu irmão, onde continua até hoje na
Valente Brothers.
Guilherme Valente
25 – JOAQUIM VALENTE: Mais um filho do Dr Pedro
Valente. Começou a aprender jiu-jítsu da mesma forma que seus outros irmãos.
Com Joaquim, a família Valente é a única família além da família Gracie a
possuir 4 faixas pretas e diplomas de professor concedidos diretamente pelo GM
Hélio Gracie. Muito técnico, habilidoso e carismático rapidamente impressionou
a todos por tais qualidades. Seu principal professor sempre foi Hélio Gracie.
Mudou-se para Miami em 2007 se juntando aos outros dois irmãos, onde continua
até hoje na Valente Brothers.
Joaquim Valente
26 – JOSÉ EDUARDO CAMARGO: Notável empresário no ramo das
castanhas no Brasil. Iniciou no jiu-jítsu aos 9 anos de idade, sob a orientação
de Helinho Gracie, filho de Gastão. Aos 11 anos, tornou-se aluno de George
Gracie e, finalmente, aos 15, fixou-se como discípulo de Pedro Hemetério, de
quem recebeu a faixa preta. Aos 50 anos, teve a oportunidade de receber
instruções do Grão-Mestre Hélio Gracie, que lhe conferiu o diploma de
professor. Durante um período, manteve uma academia de jiu-jítsu em sua
empresa, estabelecendo um elo próximo com os trabalhadores. José Eduardo
Camargo já ocupou o cargo de presidente da Associação Brasileira de Macadâmia
e, atualmente, é o presidente da Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e
Frutas Secas.
José Eduardo Camargo
27 – RYRON GRACIE: Primeiro filho homem de Rorion
Gracie. Ryron nasceu nos EUA em dezembro de 1981, talvez o primeiro Gracie a
possuir a dupla nacionalidade. Aprendeu jiu-jítsu com seu pai Rorion, um
excelente professor, diga-se de passagem, e seu avô Hélio Gracie. Desde muito
jovem já ensinava jiu-jítsu, já treinava crianças sempre sob a orientação de
seu pai. Seu avô Hélio Gracie o concedeu a faixa preta em 2003. Ryron é
bastante famoso nos EUA, tendo treinado diversos lutadores renomados de MMA.
Atualmente é professor na Gracie Academy em Torrance na Califórnia.
Ryron Gracie
28 – RENER GRACIE: Segundo filho homem de Rorion
Gracie. Assim como seu irmão, também nasceu nos EUA em novembro de 1983. Foi
criado desde o nascimento para ensinar jiu-jítsu. Passou mais de 20 anos nos
tatames aprendendo a arte marcial sob a tutela de seu pai Rorion e seu avô
Hélio. Conquistou a faixa preta aos 19 anos e é conhecido como um professor
talentoso, tendo treinado diversos atletas de MMA. Juntamente com seu irmão
Ryron, fundou a Gracie University, o maior programa de jiu-jítsu online do
mundo. É professor na Gracie Academy em Torrance na Califórnia.
Rener Gracie
Espero que de alguma forma este artigo tenha te ajudado. Não deixe de prestigiar este tema também no YouTube ao assistir os 3 vídeos contando em mais detalhes sobre os diplomados por Hélio Gracie.
Nascimento: Rio de Janeiro, RJ – Brasil em 28 de fevereiro de 1942
Filiação: Carlos Gracie e Lina
Graduação: Faixa vermelha 9 Dan (Grau máximo na faixa preta)
Porque é um notável: Responsável por introduzir o jiu-jítsu no
estado do Amazonas.
Reyson Gracie, dos filhos homens,
é o terceiro filho mais velho de Carlos Gracie. Fruto de um relacionamento
extraconjugal com uma moça chamada Lina, foi criado por seu tio Hélio Gracie
com quem começou no jiu-jítsu aos 5 anos de idade. Reyson considera Hélio
Gracie o seu pai, pois conviveu a maior parte de sua vida com ele. Dedicou-se a
treinar grandes lutadores de vale tudo e se destacou ensinando mulheres e crianças.
Reyson, atualmente, se dedica ao jiu-jitsu, dieta Gracie e espiritualidade.
Foi no final da década de 70 que
conseguiu um dos seus maiores feitos. A convite do político Artur Virgílio Neto
e do seu faixa preta Osvaldo Alves foi para o estado do Amazonas, se situou na
capital Manaus com a missão de instituir o jiu-jítsu no estado, abriu a
primeira academia de jiu-jítsu e na data de 03 de agosto de 1977 oficializou a
federação estadual de jiu-jítsu do Amazonas, a FJJAM. Hoje, o estado do
Amazonas é o segundo maior no esporte e de lá saíram lendas como os irmãos
Saulo e Xande Ribeiro, Ronaldo Jacaré, José Aldo, Omar Salum e os fenômenos
atuais Mica Galvão e Diogo Reis. Em 26/09/2012, recebeu o título de “Cidadão
Amazonense”. A convite de seu sobrinho Charles Gracie, Reyson foi para o estado
da Bahia para ajudar a desenvolver o jiu-jítsu se tornando presidente da
federação baiana em 1997.
Existe outro fato interessante na
vida do Gracie. Ele foi o único membro das primeiras gerações da família a
visitar a Escócia, mais precisamente Dumfries, para visitar o cemitério onde os
ancestrais de sua família estão enterrados e por lá acabou ministrando um
seminário de jiu-jítsu brasileiro. Sua filha Kendra vive na Escócia e Reyson
tem uma neta Escocesa.
Reyson Gracie atualmente possui a
associação “Reyson Gracie World Association” para difundir ainda mais o
jiu-jítsu de um dos membros mais importantes da história da família. Após a
partida de seu irmão Robson Gracie em abril de 2023, passou a ser o patriarca
da família, apesar de não gostar deste termo. É bastante ativo nos seminários e
graduações. Um dos momentos mais icônicos foi em 2017 quando apareceu de kimono
e faixa BRANCA em um seminário de Renzo Gracie no Rio de Janeiro. Aparece
também em graduações de lutadores notáveis e leva muito à sério os ensinamentos
de seu pai, Carlos Gracie, na questão da dieta. O Gracie tem dois filhos, Kendra
Gracie e Carlos Gracie III.
Esse foi mais um texto sobre um
Gracie notável que gostei muito de escrever. Vejo vocês no próximo.